Mercham

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Building the digital enterprise

Our research shows that first movers are transforming into digital enterprises. Industrial companies need to act now to secure a leading position in tomorrow’s complex industrial ecosystems........ clique aqui: Building the digital enterprise

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Brasil é citado como exemplo para Industria 4.0 em evento nos EUA

Clique no link abaixo e assista o video.

Brasil é citado como exemplo para Industria 4.0 em evento nos EUA

Zume, a ‘pizzaria robótica’ do Vale do Sílício

Um ex-executivo da Microsoft resolveu criar um delivery de pizzas e inovar ao trazer os robôs para ajudar na preparação da comida

Região conhecida por ocupar as sedes das principais empresas de tecnologia, como Facebook, Google e Apple, o Vale do Silício abre espaço para empreendimentos alternativos. É o caso da startup Zume, uma pizzaria delivery, baseada em Mountain View, em São Francisco, com um conceito automatizado no qual robôs ajudam os funcionários a agilizar a preparação das pizzas.
O estabelecimento foi criado por Alex Garden – ex-chefe da Xbox Live, serviço do videogame da Microsoft, e ex-CEO da desenvolvedora de games Zynga , que decidiu deixar os escritórios dos luxuosos edifícios do Vale do Silício para se mudar para um galpão onde montou uma pequena “linha de montagem” gastronômica: um dos pizzaiolos faz a massa, abre-a com uma máquina específica, e a coloca em uma esteira rolante. Em seguida, dois robôs, que ganharam até nomes, ajudam a fazer o resto: “Martha” espalha o molho em cada massa já esticada e “Bruno” coloca as pizzas nos fornos (os recheios, por enquanto, ainda são colocados por um dos funcionários humanos).
Em entrevista à Bloomberg, Garden, de 41 anos, revela a ambição de mudar a indústria do delivery. “Queremos ser a Amazon da comida”, diz o executivo. A partir de agosto, Garden pretende lançar um recurso para a pizzaria que segundo ele pode mudar o mercado de delivery: o empreendedor desenvolveu, dentro de cada furgão de entrega, 56 mini-fornos, que assarão as pizzas no caminho. De acordo com o executivo, “isso garante que a comida chegue o mais quente e fresca possível e também o tempo de entrega será otimizado”.  Mas, por enquanto, as pizzas são inteiramente assadas no próprio estabelecimento, já que a vigilância sanitária municipal ainda não aprovou a novidade.
 
Investimento – Ainda de acordo com informações da Bloomberg, a pizzaria robótica do Vale do Silício já recebeu sondagens de diversos grupos de investimento, inclusive o Google Ventures, e da AME Cloud Ventures, empresa de capital de risco do cofundador do Yahoo, o taiwanês Jerry Yang.

Materia da Revista Veja

terça-feira, 28 de junho de 2016

Realidade Aumentada - Como funciona?

É impossível que objetos reais interajam com objetos virtuais, ou vice-versa, certo? Errado! Dê as boas vindas a uma tecnologia que já começou a revolucionar a maneira como o ser humano interage com as máquinas (e as máquinas com o ser humano): a Realidade Aumentada, ou (RA). Não se preocupe: ainda estamos longe de acontecimentos como os ilustrados em filmes como Matrix e Exterminador do Futuro, se é que eles serão possíveis algum dia. No momento, as máquinas estão ganhando mais “personalidade”, mas isso só significa que elas estão cada vez mais cordiais e responsivas às ações humanas.
De uma forma simples, Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite que o mundo virtual seja misturado ao real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão na maneira como nós executamos tarefas, ou mesmo as que nós incumbimos às máquinas. Assim, se você pensava que objetos pulando para fora da tela eram elementos de filmes de ficção científica, está na hora de mudar seus conceitos. Aliás, o que acontece com a Realidade Aumentada é o contrário: você pulará para dentro do mundo virtual para interagir com objetos que só estão limitados à sua imaginação.
De onde veio isso?
Resumidamente, a Realidade Aumentada teve sua origem em algo muito simples: etiquetas. Os códigos de barras não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura. Por isso, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitiam o armazenamento de muito mais informação do que os códigos de barras. O que isso tem a ver com a Realidade Aumentada? Tudo!
Exemplo de imagem com código 2D
Os códigos bidimensionais são justamente os responsáveis pela possibilidade de projetar objetos virtuais em uma filmagem do mundo real, melhorando as informações exibidas, expandindo as fronteiras da interatividade e até possibilitando que novas tecnologias sejam utilizadas, bem como as atuais se tornem mais precisas. A Realidade Aumentada é utilizada combinando-se um código de duas dimensões com um programa de computador.
*Temos um artigo que fala especificamente sobre os códigos bidimensionais, ou QR Codes. Clique aqui para acessá-lo.
Como funciona?
Três componentes básicos são necessários para a existência da Realidade Aumentada:
1. Objeto real com algum tipo de marca de referência, que possibilite a interpretação e criação do objeto virtual;
2. Câmera ou dispositivo capaz de transmitir a imagem do objeto real;
3. Software capaz de interpretar o sinal transmitido pela câmera ou dispositivo.
O processo de formação do objeto virtual é o seguinte:
1. Coloca-se o objeto real em frente à câmera, para que ela capte a imagem e transmita ao equipamento que fará a interpretação.
2. A câmera “enxerga” o objeto e manda as imagens, em tempo real, para o software que gerará o objeto virtual.
3. O software já estará programado para retornar determinado objeto virtual, dependendo do objeto real que for mostrado à câmera.
4. O dispositivo de saída (que pode ser uma televisão ou monitor de computador) exibe o objeto virtual em sobreposição ao real, como se ambos fossem uma coisa só.

fonte: http://www.tecmundo.com.br/realidade-aumentada/2124-como-funciona-a-realidade-aumentada.htm

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Só 48% das indústrias 

brasileiras são '4.0'

A indústria 4.0 está mais consolidada no exterior do que no Brasil, o que torna ainda urgente a tarefas das empresas brasileiras de avançar na digitalização
14/05/2016 - 13H38 - ATUALIZADA ÀS 13H38 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
Tecnologia; indústria 4.0 ; revolução industrial ;  (Foto: Reprodução/Facebook)
Uma revolução industrial está em andamento. Ainda tímida e pouco utilizada pelas empresas do Brasil, a chamada indústria 4.0 desponta como caminho natural para aumentar a competitividade do setor por meio das tecnologias digitais.
A manufatura digital emerge com base na integração das tecnologias físicas e digitais em todas as etapas de desenvolvimento de um produto. A lista de tecnologia consideradas 4.0 englobam o uso de sensores, impressão 3D e a utilização de serviços em nuvem, entre outros.
A indústria 4.0 está mais consolidada no exterior do que no Brasil, o que torna ainda urgente a tarefas das empresas brasileiras de avançar na digitalização. No país, um estudo inédito realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que apenas 48% das empresas industriais do país utilizam pelo menos uma tecnologia digital. A pesquisa foi realizada com 2.225 empresas de todos os portes.
"O Brasil hoje tem um problema muito grande da baixa produtividade da indústria", afirma Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI. "Os países desenvolvidos já têm as indústrias mais avançadas com essa tecnologia. O Brasil está correndo atrás", afirma Fonseca.
O relativo atraso do Brasil também fica evidente porque 43% das empresas consultadas pela CNI não identificam quais tecnologias têm potencial para alavancar a competitividade do setor industrial. Nas pequenas empresas, esse porcentual sobe para 57%. Entre as grandes, a fatia recua para 32%.
O uso das tecnologias digitais também permanece limitado porque está mais concentrado no processo e não no desenvolvimento e na concepção de novos modelos de negócios. "Hoje ainda a indústria está muito centrada no controle de processo. Isso é bom porque vai aumentar a competitividade, mas as empresas precisam estar preparadas para essa onda", afirma Fonseca, da CNI.
"Será preciso pensar numa linha mais flexível para atrair novos consumidores, e reduzir o tempo de inovações na linha de produção", diz.O levantamento também apurou que as empresas decidem usar as novas tecnologias principalmente para reduzir custos operacionais (54%) e aumentar a produtividade (50%).
Setores
O uso das novas tecnologias varia de acordo com o tamanho das empresas e setores e é maior naqueles com mais intensidade tecnológica.
Na indústria de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, por exemplo, 61% das empresas consultadas pela CNI fazem uso de ao menos uma das tecnologias digitais. Entre os setores que mais utilizam as novas tecnologias, também estão máquinas, aparelhos e materiais elétricos (60%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (53%).
Na outra ponta, dos setores que menos utilizam as novas tecnologias, estão equipamentos de transporte (23%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (25%) e no setor de farmoquímicos e farmacêuticos (27%).
Avanço
Por ora, é difícil prever quando a tecnologia 4.0 vai se tornar uma unanimidade na indústria brasileira. A certeza, de acordo com os especialistas, é que o avanço das tecnologia deve tornar sensores e robôs mais baratos ao longo do tempo, o que tende a ajudar na incorporação dessas novas tecnologias pelas empresas.
"Um robô que hoje faz uma operação de coluna, superespecial e que custa uma fábula de dinheiro deve se tornar daqui a nove anos uma aparelho do SUS", afirma Jefferson Gomes, diretor regional do Senai-SC e professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). "Essas tecnologias serão facilmente aplicadas no chão de fábrica sem percebermos", diz Gomes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Customização em Massa: um dos Alicerces da Indústria 4.0

O conceito de Indústria 4.0 é simples: lógica de produção com processo de digitalização da operação industrial. A internet das coisas (tudo conectado, o tempo todo) e automatização industrial gera uma camada de inteligência à manufatura com possibilidades quase infinitas.
Hoje nos deparamos com uma necessidade corrente de nossa sociedade moderna: a customização dos produtos. E a customização destes produtos em massa. Desde a criação da linha de produção com Henry Ford, tivemos a produção em massa, com uma linha de produção com possibilidade de alto output; o que revolucionou a indústria e permitiu a popularização dos carros. E produção em massa parecia o máximo de tecnologia de produção, à época.
Hoje a customização de um produto com a possibilidade de adquirí-lo no conforto de casa, até mesmo usando um celular com conexão à internet, nos trouxe uma realidade diferente: a customização em grande escala. Então, um cliente pode escolher o modelo, cor, acessórios e tudo o mais de seu futuro carro, num aplicativo Web, e este carro ainda estar na linha de produção; durante o processo de produção o carro receberá as customizações necessárias com interações digitais entre um software proprietário e as máquinas da linha de produção. Pronto, cliente satisfeito e produto customizado.
No background deste processo também são computados os dados de estatística para gestão dos estoques e planejamento de recursos de manufatura, além dos dados de produtividade por máquina e operador. Tudo automatizado, explodido na tela do gerente resposável pelas operações, que precisa dos dados estatísticos para decisões de investimentos e melhorias na linha. Já o diretor financeiro, acessa da mesma fonte os dados de custos de produção e avalia a rentabilidade da operação. Sem nos esquecermos do CIO, que recebe estes dados todos, compilados de maneira flúida o suficiente para que este saiba a gestão financeira e operacional da sua empresa e no final do dia, saiba se está tendo lucro ou não. O poder de decisão baseado em dados seguros e em tempo real!
Toda esta mágica tecnológica é possível hoje graças aos investimentos em inovação e educação, e sim: é possível tudo isso (e muito mais) através da Indústria 4.0. Por isso vemos as empresas buscando cada vez mais automatizar seus processos, aumentar a sua produtividade e investir em tecnologia. Por outro lado, precisamos de cada vez mais universidades e escolas que formem mão de obra qualificada o bastante para entender e operar uma empresa 4.0.

Clientes desejarão ainda mais possibilidades de customização e as empresas, através das tecnologias da Indústria 4.0, poderão entregar isso sem prejudicar suas operações e rentabilidade.

2 semanas e 2000 visualizações. Obrigado!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Temos uma ótima notícia para você que é pequeno e médio empresário

Temos uma ótima notícia para você que é pequeno e médio empresário:
Saibam que existem soluções que, reduzem retrabalhos custos com matéria-prima e ainda conseguem aumentar a capacidade de produção.

Sabemos que muitos desconhecem o tema, mas na verdade a 4 Revolução Industrial, chamada de: “Industria 4.0” ou Manufatura Avançada ou ainda Manufatura Inteligente, é uma solução que agrega todos os benefícios acima, além de gerenciar e monitorar seu processo de manufatura.
Imagine você dono ou gerente de fábrica, sentado em sua mesa, ou mesmo através de seu "smart" fone ou "tablet", recebendo informações de como sua produção esta se comportando, utilização de cada equipamento, qualidade, estatísticas, etc. Podendo através de tais dados, tomar decisões onde retrabalhos e refugos são reduzidos a um nível próximo de zero além de um aumento considerável da sua produção e melhoria da qualidade
Sim, isto já é realidade! Porém para muitos parece muito distante, pois a maior parte dos empresários tem em mente que gastarão uma verdadeira fortuna para implantar um projeto deste tipo.
Mas, ai esta uma das grandes vantagem desta ideia, pois em muitos casos, o cliente já possui a grande parte necessária para a realização do projeto, bastando apenas pequenos investimentos em softwares, ou PLCs.
Sem dúvida alguma o problema maior ainda  está no desconhecimento do assunto, e obviamente na integração,  do que no próprio investimento.

Em caso de duvidas, teremos o maior prazer em auxiliá-los.

Danilo Lapastini
VP da Hexagon Manufacturing Intelligence
VP CSQI - ABIMAQ


terça-feira, 21 de junho de 2016

MANUFATURA AVANÇADA APOIANDO A MEDICINA - Por Alfredo Ferrari

A medicina tem avançado rapidamente e de forma positiva, proporcionando mais saúde e melhor qualidade de vida para o ser humano e, por conseguinte, com aumento da sua idade média. Isto se deve, além dos avanços na área farmacológica, aos enormes avanços tecnológicos nos equipamentos de apoio à medicina, ao instrumental para operações e às próteses ortopédicas e odontológicas.
Grande parte das peças e componentes produzidos para a área da medicina se caracterizam por serem de pequeno porte e de elevada precisão, cujos materiais são em geral de difícil usinabilidade, como o aço inoxidável e o titânio, que exigem métodos avançados de fabricação.
A aplicação da manufatura avançada em prol da medicina é praticada através de máquinas-ferramenta CNC de alto rendimento e de ferramentas de corte, voltadas para a microusinagem, além dos modernos métodos digitais de desenvolvimento de produtos e controle da produção.
A microusinagem é a técnica que possibilita a fabricação de peças muito pequenas, com geometrias complexas e que exigem estabilidade no seu processo de produção em uma única fixação, eliminando operações posteriores, em face da impossibilidade de múltiplas fixações, devido às suas formas. Como exemplo, existem as próteses e os parafusos ortopédicos e os implantes dentários. Dependendo da peça a ser produzida, a microusinagem pode ser realizada por fresamento ou por torneamento.
Outro processo de fabricação de peças para a medicina distinto da usinagem, ou seja, por arranque de cavacos, é o da manufatura aditiva, através da utilização de impressoras 3D. Com esta tecnologia, são produzidas próteses ósseas, placas craneanas e implantes para cirurgia bucomaxilar.
O microfresamento é executado através de centros de usinagem de cinco eixos de pequeno porte com a característica de atingir altas rotações em seu fuso principal e possibilitar a interpolação de seus vários eixos simultaneamente para poder gerar superfícies de elevada complexidade. É o caso da aplicação na fabricação das próteses dentárias que não possuem uma forma geométrica matematicamente definida. Neste caso, os programas CNC são gerados através de softwares dedicados a partir da digitalização da forma dos dentes. Diversos tipos de próteses ortopédicas são produzidos da mesma maneira, partindo sempre de uma peça bruta pré-formada.
O microtorneamento é realizado a partir de barras, cujo diâmetro varia de 2 a 38 mm, através de tornos automáticos CNC de cabeçote móvel, também conhecidos como tornos tipo Suiço que, dependendo da complexidade das peças a serem produzidas, contam com diversos eixos lineares e circulares, com vários deles trabalhando simultaneamente. Já existem máquinas concebidas para até onze eixos controlados numericamente. Estes tornos são considerados máquinas multitarefa que permitem realizar operações de torneamento, furação profunda, fresamento, rosqueamento e brochamento, com muitas delas sendo realizadas simultaneamente. Uma operação importante neste tipo de máquina é o rosqueamento por turbilhonamento, que usina a rosca com extrema estabilidade de usinagem, evitando a sua quebra durante o ciclo de fabricação, em função da sua relação diâmetro/comprimento. Implantes dentários e parafusos ortopédicos são produzidos de forma flexível e precisa neste tipo de equipamento. Componentes para instrumental cirúrgico, que possuem características de peças extremamente delgadas com furos profundos passantes, são outros exemplos de peças que só podem ser produzidas com precisão e de forma econômica em tornos CNC de cabeçote móvel.
Em face da complexidade geométrica das peças e componentes utilizados na área da medicina, é fundamental que o programa CNC seja desenvolvido com auxílio de softwares avançados a partir do desenho elaborado pelo computador (CAD) ou a partir da digitalização da forma que se deseja atingir.
A microusinagem voltada para a medicina vem se desenvolvendo muito rapidamente nas últimas três décadas em âmbito mundial. O Brasil já domina esta tecnologia, contando com diversas empresas que produzem peças para este segmento. Os constantes avanços tecnológicos das máquinas-ferramenta, das ferramentas de corte, do projeto do produto, além da programação e controle da produção, digitais, num ambiente ciberfísico, estão sendo fundamentais para a evolução da manufatura avançada como apoio à medicina. A formação de mão de obra especializada de programadores e de preparadores é fundamental para acompanhar este avanço tecnológico que vem se consolidando cada vez mais na indústria de manufatura do país.
*Alfredo Ferrari é Engenheiro Mecânico e Vice-Presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura da ABIMAQ.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Caminhos para uma agricultura 4.0

SISTEMA FAEMG
Pierre Santos Vilela
Superintendente do INAES - Sistema Faemg
O último Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, Suíça, teve entre seus principais temas em discussão a chamada quarta revolução industrial, ou indústria 4.0, e seus impactos sobre sociedades, ambiente e economia.
A indústria 4.0 representa novos processos e produtos originados de avanços científicos de ponta e convergentes, como as info, nano, bio e neuro-cognotecnologias, que têm aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento e setores econômicos, inclusive na agricultura. Abrem-se, a partir daí, inúmeras oportunidades (e riscos) para novos processos, produtos e negócios.
Entre as consequências esperadas dessa nova onda de desenvolvimento e conhecimento, discutiram-se muito no fórum os impactos negativos para economias e empregos em países mais vulneráveis ou não preparados para gerar e desenvolver tecnologias próprias. Há um grande risco de aumento de assimetrias entre países pobres e ricos ou entre grupos sociais mais preparados e capacitados e aqueles não preparados.
Reconhecendo a agricultura como uma das principais vocações e atividade econômica primordial desenvolvida no Brasil e, ainda, como importante ferramenta para mitigação das assimetrias citadas acima, pergunta-se: o que estamos fazendo para inserir a agricultura brasileira nessa nova onda de desenvolvimento e, assim, manter o status do país no cenário mundial da produção de alimentos?
Considerando-se o histórico de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P, D & I) no país, certamente muito pouco. Atualmente, o investimento global em P, D & I aqui gira em torno de 1,5% do PIB, e, PIB em retração de 3,5% em 2015 e outros 3% previstos para 2016. Os Estados Unidos investem 16 vezes mais. Considerando-se apenas a pesquisa agrícola, os EUA investem mais que o dobro do Brasil.
Pelo enfoque da educação – pois precisamos de cientistas de ponta para gerar tecnologias de ponta –, a formação de técnicos capazes de criar e conduzir projetos de alto nível é limitada a algumas universidades públicas, que disputam entre si parcos recursos para manter suas estruturas e fazer pesquisa. No último ano, em razão da crise econômica, todas ficaram de pires na mão para não interromper suas atividades.
Resta-nos o permanente protagonismo da Embrapa, mas que também se vê ameaçada pelas desventuras da má gestão pública vivida no país e do corte de investimentos. Algumas importantes pesquisas estão em andamento na instituição, em cooperação entre vários centros de pesquisa e universidades.
Podem-se destacar pesquisas nas áreas de ótica e fotônica (aplicações da luz, inclusive laser) e biotecnologia, incluindo bionanotecnologia (estudo de materiais nanoestruturados encontrados da natureza) e nanobiotecnologia (objetos nanométricos produzidos pelo homem). Apesar de ainda no campo experimental, essas tecnologias apresentam amplo potencial prático de aplicação e boas perspectivas para contribuir em vários aspectos na produção e industrialização de produtos agropecuários.
O atual perfil dos administradores públicos e dos políticos brasileiros só nos permite imaginar que, com raras exceções, infelizmente ficaremos mais uma vez para trás também nesses novos campos da ciência, como ficamos em outros. Somos atualmente importadores da maior parte da tecnologia de automação existente nos campos brasileiros, utilizada em máquinas e equipamentos agrícolas, como nos sistemas de irrigação ou em tratores e implementos aplicados na agricultura de precisão.
Ou enxergamos o início da formação da nova onda e fazemos todo o esforço para entrar neste momento, ou ficaremos na posição de retardatários e importadores de tecnologias, transferindo para os países-líderes oportunidades, renda e empregos de qualidade. A política brasileira precisa urgentemente de mudança, encarando efetivamente e com seriedade educação, ciência e tecnologia como premissas para o crescimento e modernização do país.

domingo, 19 de junho de 2016

Significado de Automação 

O que é Automação:

Automação é um sistema que emprega processos automáticosque comandam e controlam os mecanismos para seu próprio funcionamento. Do latim automatusque significa mover-se por si.
A automação é um sistema que faz uso de técnicas computadorizadas ou mecânicas com o objetivo de dinamizar e otimizar todos os processos produtivos dos mais diversos setores da economia.
A ideia de automação está diretamente ligada à ideia das máquinas, que agilizam as tarefas quase sempre sem a interferência humana. Porém, existe um tipo de automação que se refere ao trabalho humano que é realizado em muitas indústrias, de forma contínua e repetitiva, quase “robotizada”.
A automação industrial teve seu ponto de partida após 1950 com o desenvolvimento da eletrônica. Esta permitiu o aparecimento da informática e a automação das indústrias, com a utilização de modernas técnicas de produção, com destaque para a robotização, isto é, o uso de robôs controlados por computadores que realizam o trabalho de seres humanos, substituindo-os na produção de bens econômicos ou mercadorias. A automação exerce grande importância para a modernização dos processos industriais.

Automação e informática

O termo informática, fusão de informação e automática, foi utilizado pela primeira vez, na França, em 1962, quando Philippe Dreyfus, diretor do Centre National de Calcul Életronique de Bull usou para designar seu projeto de Société d’Informatique Appliquée. O consenso hoje é que informática se refere a qualquer processo de automação, por meio de sistemas computacionais, no tratamento da informação.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Recommendations for implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0

Germany has one of the most competitive manufacturing industries in the world and is a global leader in the manufacturing equipment sector. This is in no small measure due to Germany’s specialisation in research, development and production of innovative manufacturing technologies and the management of complex industrial processes. Germany’s strong machinery and plant manufacturing industry, its globally significant level of IT competences and its know-how in embedded systems and automation engineering mean that it is extremely well placed to develop its position as a leader in the manufacturing engineering industry. Germany is thus uniquely positioned to tap into the potential of a new type of industrialisation: Industrie 4.0.  Learn more here

terça-feira, 14 de junho de 2016

Revista Ferramental agora no blog Manufatura Inteligente, clique na revista e leia versão Digital

Indústria 4.0 exigirá um novo profissional

Esqueça a imagem que você tem de uma fábrica tradicional. No futuro, as linhas de produção barulhentas e confusas serão substituídas por um cenário peculiar. A chamada indústria 4.0 será cada vez mais automatizada e controlada por robôs. Máquinas dotadas de sensores conseguirão comunicar-se entre si – e tornar o processo produtivo cada vez mais eficiente.
Com o avanço dos sistemas de big data e da chamada internet das coisas, o controle da produção poderá ser feito remotamente.  “É uma questão de tempo para que indústrias de todo tipo se adaptem a esse novo conceito”, diz Osvaldo Lahoz Maia, gerente de inovação e tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo. 
O conceito de indústria 4.0 ganhou força na Alemanha, onde um projeto que envolve empresas, universidades e o governo foi lançado para modernizar a já desenvolvida indústria local.
Em poucos anos, esse conceito deve se espalhar por outros países. Como consequência, o perfil da mão de obra deve mudar totalmente. “Quem quiser trabalhar nas fábricas do futuro terá de desenvolver habilidades técnicas e interpessoais bem específicas”, diz Cezar Taurion, da consultoria Litteris Consulting, especializada em tecnologia da informação e transformação digital.
Eis quatro características que os profissionais técnicos precisarão desenvolver.
1. Formação multidisciplinar
Para trabalhar numa indústria 4.0, os profissionais terão de desenvolver um perfil multidisciplinar. “As indústrias continuarão precisando de gente com formação específica, mas eles terão de lidar cada vez mais com áreas sobre as quais não estudaram na faculdade”, diz o consultor Cezar Taurion.
Essa competência será cada vez mais valorizada porque, com processos mais eficientes, os funcionários poderão pensar em novas formas de gerar riqueza. Um arquiteto que antes só cuidava de projetos para novas plantas poderá, por exemplo, pensar em adaptações no design dos produtos que diminuam o tempo de fabricação. “Isso depende de uma boa dose de iniciativa e conhecimentos, além do que a profissão exigia no passado”, diz Osvaldo Maia.

2. Capacidade de adaptação
Na indústria 4.0, o conceito de automação será elevado a outro patamar. Se antes os equipamentos só eram programados para obedecer a ordens enviadas por um software, a partir de agora eles também emitirão informações sobre seu próprio ciclo de vida. Isso significa que, antes mesmo de apresentar um problema de funcionamento, uma máquina emitirá sinais de que precisa passar por uma manutenção preventiva.
Na prática, os operadores precisarão se adaptar a um novo jeito de lidar com os equipamentos. Boa parte do comando será dada a partir de sistemas mobile. “Está chegando ao fim a era do técnico que só aperta botões”, diz Maia. “Os profissionais precisarão aprender a lidar com máquinas e robôs inteligentes.”

3. Senso de urgência
A disseminação dos sistemas de big data vai permitir que os funcionários tenham cada vez mais acesso a informações que antes eram restritas aos sistemas internos das empresas. De casa, por meio de um celular ou de um tablet, os empregados poderão interferir num processo que acontece a quilômetros de distância, dentro da fábrica.
“A ideia atual de turnos de trabalho passará por uma transformação”, diz Taurion. Isso trará vantagens notáveis, mas também exigirá dos profissionais discernimento para entender os limites entre o que é urgente e o que pode ser resolvido depois. “A facilidade que a tecnologia proporciona deve alterar a rotina do trabalho”, diz Taurion. “Os profissionais da indústria do futuro terão de aprender a equilibrar essa dinâmica.”
4. Bom relacionamento
Embora a tecnologia esteja transformando a maneira como as coisas são fabricadas, algumas regras para se manter um profissional relevante não mudam tanto assim. Ter um bom relacionamento com os colegas de trabalho continuará sendo importante – ainda mais em um ambiente em que o avanço da automação exigirá competências diferentes de cada um.
Entre os especialistas é forte a ideia de que, num ambiente cada vez mais digitalizado, a colaboração ganhará força. “O avanço da tecnologia afetará todo mundo, do chão de fábrica ao alto escalão”, diz Maia. “Quem conseguir passar por esse processo de mudanças sem grandes traumas demonstrará inteligência emocional para subir na carreira.”

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Entendendo o passado - Fases da Revolução Industrial

As fases da revolução industrial compreendem os diversos momentos desde o início do avanço do processo industrial, que começou na Inglaterra no século XVIII.
Está dividida em três fases: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial. Confira abaixa o resumo de cada um desses períodos e suas principais características.

Primeira Revolução Industrial

Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII e durou de 1750 a 1850. Essa fase foi caracterizada por diversas descobertas as quais favoreceram a expansão das indústrias, o progresso técnico e científico e a introdução das máquinas.
Nesse ínterim, a passagem da manufatura para o sistema fabril foi impulsionada pelas invenções da máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor que resultou na mecanização dos processos.
Foi assim que ocorreu a expansão das industrias têxteis, metalúrgica, siderúrgica e dos transportes. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Como resultado, temos o aumento da produção, a substituição do trabalho manual pelo industrial (da manufatura para a maquinofatura), o desenvolvimento do comércio internacional e o aumento do mercado consumidor.
Quem estava afrente desse processo e contribuiu para sua expansão foi a classe burguesa que detinha recursos e que ansiava pelo lucro. Nesse sentido, surgiu a classe operária ou trabalhadora chamada de proletariado, mão de obra barata explorada nas fábricas.
Vale lembrar que nessa época a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, o que transformou Londres na mais importante capital financeira internacional e o país numa grande potência econômica dominante. Mais tarde, ela foi se expandindo para outros países europeus.

Segunda Revolução Industrial

Segunda Revolução Industrial começa em meados do século XIX e durou de 1850 a 1950. Esse período foi marcado pela consolidação do progresso científico e tecnológico, se espalhando por outros países da Europa, como França e Alemanha.
Muitas descobertas foram importantes para alavancar esse progresso que agora não se restringia somente à Inglaterra, por exemplo, a invenção da lâmpada incandescente, dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão, cinema e rádio), bem como dos avanços na área da medicina e da química, como a descoberta dos antibióticos e das vacinas.
Além disso, avanços nos processos de utilização do aço foram essenciais para a construção de máquinas, pontes e fábricas. No tocante a sua utilização, devemos ressaltar que o aço foi essencial para a construção dos trilhos das ferrovias, marcando consideravelmente o avanço dos meios de transportes. Ademais das ferrovias, o automóvel e o avião foram inventados nessa época.
Não menos importante foi a nova configuração do uso das fontes de energia que, nesse caso, estava sendo substituída paulatinamente pelo petróleo. Além de servir de combustível, o petróleo foi importante na produção de produtos derivados dele, do qual se destaca o plástico.
Esse conjunto de mudanças e invenções foram essenciais para revolucionar o sistema industrial, trazendo um novo panorama a vida social e econômica da população, denominado de “Capitalismo Industrial” (ou Industrialismo).
Fica claro que, ao mesmo tempo em que o progresso e o conforto humano foi se mostrando favorável, por outro lado, as condições dos trabalhadores das fábricas eram precárias, incluindo duras e longas jornadas de trabalho e baixa remuneração.
Isso foi aumentando cada vez mais as desigualdades sociais. Assim, começam a surgir os sindicatos em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Para tanto, o fordismo e o taylorismo vieram revolucionar o sistema de produção das fábricas com as famosas esteiras rolantes, dinamizando e otimizando o processo, ao mesmo tempo que gerava mais lucro para a classe detentora dos meios de produção, barateando ainda mais, o custo dos produtos.

Terceira Revolução Industrial

Terceira Revolução Industrial começou em meados do século XX, que abrange o período de 1950 e permanece até a atualidade. Foi nesse momento que ocorre um grande avanço da ciência, da tecnologia, da informática, (com o surgimento de computadores, criação da internet, dos softwares e dos dispositivos móveis) da robótica e da eletrônica.
Na área das ciências merece destaque o desenvolvimento da engenharia genética e biotecnologia, com a produção em massa de diversos medicamentos e avanços da medicina.
Embora o uso de outras fontes de energia já tinha evoluído anteriormente, nesse momento, surge a energia atômica com o uso de elementos radioativos, especialmente o urânio.
Ainda que sua ideia inicial era a geração de energia, o final da segunda guerra mundial (1939-1945) demostrou o perigo no uso dos elementos radioativos, como ocorreu com o lançamento da bomba atômica no ano 1945 em Hiroshima e em Nagasaki, no Japão.
Outro importante marco dessa fase foi a conquista espacial, quando Neil Armstrong chegou a lua em 1969, revelando a força e as conquistas tecnológicas do seu humano.
Foi, portanto, no período conhecido como Guerra Fria, que a corrida espacial, iniciada em 1957, foi travada entre os Estados Unidos e a União Soviética demostrando ainda mais, os avanços nas áreas da tecnologia e da produção de armamentos.
Nos avanços da metalurgia, as descobertas químicas foram essenciais para seu progresso, com o surgimento de novas ligas metálicas que proporcionaram o avanço dos meios de transportes, com a construção de naves espaciais e aeronaves.
Quanto aos trabalhadores, os direitos trabalhistas começam a se ampliar, diminuindo as horas de trabalho, incluindo benefícios e proibindo o trabalho infantil.
Todos esses fatores foram essenciais para a modernização das indústrias e que até os dias de hoje continuam marcando os avanços das tecnologias de informação bem como da globalização no mundo.

Fonte: Toda Materia